domingo, 9 de março de 2008

Principios Anarquistas

Anarquismo é uma palavra que deriva de vocábulos gregos [ an (não, sem) e archê (governador)] e que designa um termo amplo que abrange desde teorias políticas a movimentos sociais que advogam a abolição do capitalismo e do Estado enquanto autoridade imposta e detentora do monopólio do uso da força. Exemplificando, Anarquismo é a teoria libertária baseada na ausência do Estado.
De um modo geral, os anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica, defendendo tipos de organizações horizontais e libertárias.
Os anarquistas são individuos livres de preconceitos, que defendem a igualdade de direitos, tanto humanos como animais.
Para os anarquistas, Anarquia significa ausência de coerção, e não ausência de ordem. Uma das visões do senso comum sobre o tema é na verdade o que se denomina por "anomia", ou seja, ausência de leis e por isso veêm a anarquia como uma organização caótica/desorganização, algo que apenas demonstra ignorância sobre certos valores básicos, como o respeito e a igualdade.
Existe em torno desta questão um debate acerca da necessidade ou não de uma moral anarquista, ou se a natureza humana bastaria por si só na manutenção pacífica das relações. Na minha opinião um anarquista tem que ter bem presentes vários conceitos e valores (morais), para não recorrer ao instinto humano violento, para poder respeitar todos os iguais a si, os que respiram, os que sentem! Neste sentido, penso que existe uma moral anarquista, mas uma moral que não tem necessidade de ser, visto este ser o estado de espirito mais natural e com que todos nascemos; o problema é a sociedade em que crescemos e vivemos, com os valores trocados, capitalista, competitiva, ignorante, comodista e incapaz de fazer o que seja pela sua vida sequer, quanto mais com a vida do que nos faz andar aqui...da Terra!
As diferentes vertentes do anarquismo têm compreensões diferentes quanto aos meios para a abolição dos governos e quanto à forma de organização social que daí resultaria.

O Anarquismo individualista foi a corrente anarquista fundada por Max Stirner (pseudónimo de Johann Kaspar Schmidt, foi um escritor e filósofo alemão, com trabalhos centrados no existencialismo, niilismo e no Anarquismo individualista).

Procurou demonstrar como, através da história, a humanidade foi levada a se sacrificar por ideais abstractos. Estes ideais, ao invés de trazerem felicidade, apenas serviram de fachada para que uma minoria de indivíduos egoístas se beneficiassem do trabalho da maioria da população. Contra isto, Max Stirner propôs que todos os indivíduos se tornassem egoístas também, se associando voluntariamente conforme necessário, mas zelando pelos seus próprios interesses pessoais. Segundo ele, só assim a exploração de muitos por poucos poderia ser abolida. Hoje não se pensa assim, o egoísmo foi um bocado esquecido (ainda bem), pois todos nos devemos ajudar e apoiar, não devemos estarmo-nos a "cagar" para tudo e todos pois isso cria conflitos, e não corresponde a uma moral anarquista séria, verdadeira!

Os anarco-individualistas detestam governos sustentados pelo capitalismo e rejeitam vários princípios essenciais do capitalismo, dando maior relevo aos direitos individuais e à liberdade do que ao coletivismo. Este egoísmo apenas demonstra alguma ignorância e falta de respeito, pois se todos nos soubermos ajudar e respeitar será tudo mais fácil e amistoso, será tudo muito mais bonito, como todos nós sonhamos!


Outro aspecto que acho importante salientar no anarquismo, é o Niilismo (ou nihilismo), do latim nihil (nada), que consiste numa corrente filosófica que, em princípio, concebe a existência humana como desprovida de qualquer sentido, apenas a vida! Porque é que temos que trabalhar, ser competitivos, ter "bens" materiais que não servem para nada, e não falo de não ir à escola porque temos sempre que nos informar (as escolas deveriam ser locais onde se pratica o ensino de temas e assuntos de elevada importância, não inutilidades de senso comum e muitas merdas que não nos servirão de nada, nem para a nossa felicidade nem de terceiros, nem nos são minimamente úteis, mas todos os dias nos impingem essas tretas! Nem deveria ser um local de opressão e competição como é nos dias de hoje), mas porque é que havemos de nos "atropelar" uns aos outros estupidamente? É uma resposta que apenas os ignorantes dos "Sistemados" poderosos te podem dar!



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